Vacina da covid-19 evitou a morte de mais de 63 mil idosos nos primeiros 8 mesesChina bate recorde de novas infecções da covid-19 desde o começo da pandemia

A vacina nacional contra a covid-19 é desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conta com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Se os testes clínicos saírem conforme o esperado, o imunizante deverá ser adotado como dose de reforço contra o coronavírus SARS-CoV-2 em todo o Brasil.

Como vão ser os testes da vacina nacional da covid-19 em Minas?

Para a Fase 1 do estudo clínico, os pesquisadores da UFMG devem recrutar até 72 voluntários, com idades entre 18 e 85 anos. Os participantes devem estar em boas condições de saúde e não apresentar histórico para infecções do coronavírus. Mulheres grávidas ou amamentando não podem participar. Além disso, os indivíduos escolhidos para a pesquisa devem ter completado o esquema primário (2 doses) com a vacina CoronaVac e ter recebido a primeira dose reforço (terceira dose) da Pfizer há pelo menos nove meses. No total, esta etapa do estudo deve durar 12 meses. Vale lembrar que, no Brasil, outra vacina nacional também está em fase de testes clínicos: a ButanVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan. No caso desta fórmula, a Fase 1 já foi concluída, mas os resultados ainda não foram publicados em uma revista científica.

Qual é a tecnologia usada pelo potencial imunizante contra a covid-19?

Diferente das outras vacinas já utilizadas na pandemia da covid-19, a vacina SpiN-Tec MCTI UFMG foca em sensibilizar o sistema imunológico contra duas partes do coronavírus:

A proteína Spike (S) da membrana viral — este é o foco da maioria das fórmulas disponíveis no mercado;A proteína de nucleocapsídeo (N), encontrada na parte interna do vírus da covid-19.

Segundo os pesquisadores responsáveis pela vacina nacional, a presença do nucleocpsídeo é uma das grandes vantagens da potencial fórmula. Isso porque é uma estrutura que se manteve, até o momento, praticamente inalterado em relação às cepas variantes do coronavírus. Aliás, é a junção das duas estruturas que forma o nome do atual imunizante SpiN (Spi + N). No composto, as duas estruturas passam por processo de fusão, resultando em uma proteína artificial. Cientificamente, é uma quimera. Além disso, a fórmula carrega um adjuvante, cuja função é estimular o sistema imunológico a reconhecer de forma mais rápida e eficaz o coronavírus. Fonte: MCTI e UFMG