A sala de guerra do Facebook para as eleições dos EUA e do BrasilComo funciona o spam no WhatsApp que pode ter beneficiado Bolsonaro

Entre as páginas removidas pelo Facebook, estão MCC – Movimento Contra Corrupção, TV Revolta, Folha Política, Política na Rede, Portal Curió, Humor 13, Gazeta Social, Correio do Poder e Ficha Social. Todas têm ligação com a empresa brasileira Raposo Fernandes Associados (RFA).

A atividade da RFA já havia sido revelada em uma reportagem do Estadão. Segundo o jornal, o casal Thais Raposo e Ernani Fernandes era o responsável pelas páginas. Juntos, eles mantinham perfis e sites em apoio a figuras conservadoras. A atividade se baseava em publicar artigos caça-cliques capazes de levar os usuários para seus sites. Ao saírem da rede social, as pessoas acessavam páginas que funcionam como “fazendas de anúncios”, em que há pouco conteúdo e uma grande quantidade de propaganda. “Temos visto spammers usando cada vez mais conteúdo sensacionalista político – em todos os espectros ideológicos – para construir uma audiência e direcionar tráfego para seus clientes fora do Facebook, ganhando dinheiro cada vez que uma pessoa visita esses sites”, afirmou a rede social, em nota. O Facebook esclareceu que as páginas não foram excluídas pelo conteúdo publicado e, sim, por usarem contas falsas e publicarem spam repetidamente. “Exigimos que as pessoas usem seus nomes reais e também proibimos spam, uma tática geralmente usada por pessoas mal intencionadas para aumentar de maneira artificial a distribuição de conteúdo”, explicou a empresa.

Maior rede no Facebook em apoio a Bolsonaro

Ainda de acordo com o Estadão, o Facebook já investigava a rede em sigilo há alguns meses. As páginas da RFA formavam a maior rede de apoio à campanha de Bolsonaro e eram maiores, até mesmo, que as páginas do MBL (Movimento Brasil Livre). O levantamento feito há dez dias pelo jornal apontava a existência de 28 páginas – 40 a menos do que o encontrado pelo Facebook. Em um mês, esse grupo de páginas registrou 12,6 milhões de interações, somando reações, comentários e compartilhamentos. Além das publicações em apoio a Bolsonaro, as páginas da RFA eram ligadas a nomes como os dos deputados federais eleitos, Alexandre Frota e Kim Kataguiri, além da deputada estadual eleita, Janaina Paschoal. “Remover comportamentos que violem os nossos Padrões de Comunidade é um trabalho contínuo, e estamos atuando arduamente para garantir a integridade da plataforma, com especial atenção em períodos eleitorais”, disse o Facebook. Com informações: Facebook.

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