Como denunciar notícia falsa e spam no WhatsAppComo denunciar um canal no YouTube

As páginas falsas faziam posts dizendo que o desmatamento não é tão nocivo e criticavam organizações legítimas que se posicionam contra a destruição da Floresta Amazônica. Segundo o documento da Meta, as contas também postavam memes originais, conteúdos de grandes portais e posts de fotógrafos e do Greenpeace, provavelmente em uma tentativa de disfarçar que as páginas eram falsas e conquistar confiança. A empresa de monitoramento Graphika, com quem a Meta compartilhou os dados de sua investigação, diz que a operação não conseguiu construir uma audiência significativa. De acordo com os dados coletados, 1.170 contas seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook. Já no Instagram, 23.600 contas seguiam um ou mais perfis. Foram gastos ainda US$ 34 em propagandas nas duas redes, valor pago em reais brasileiros.

Fotos e endereços copiados

O relatório da Graphika traz mais detalhes sobre a operação. As contas pessoais que se passavam pelos ativistas e administradores das ONGs eram feitas usando fotos copiadas de pessoas reais e de redes como Pinterest. Outro comportamento típico era seguir apenas contas verificadas de marcas ou celebridades. A empresa diz que algumas contas provavelmente usavam fotos de perfil criadas usando inteligência artificial. A ONG falsa promovia conteúdos que louvavam as iniciativas de proteção da floresta feitas pelo governo brasileiro e especificamente pelo Exército. Outra organização fake era a Amazônia Sustentável. O nome parecia sob medida para se confundir com duas entidades reais: a Rede Amazônia Sustentável e a Fundação Amazônia Sustentável. As páginas da Amazônia Sustentável no Facebook e no Instagram não decolaram e ficaram com apenas 40 seguidores. O que chama a atenção é o endereço escolhido: o mesmo do Greenpeace em São Paulo (SP). A rede contava ainda com uma conta dedicada a criticar ONGs, além de páginas que se passavam por movimentos anti-Bolsonaro.

Envolvimento de militares

A Graphika diz também que dois perfis do Facebook e duas contas do Instagram pertenciam a indivíduos reais que estavam servindo o Exército Brasileiro em dezembro de 2021. Os nomes dos donos das contas aparecem inclusive nos registros de pagamentos a funcionários federais. A empresa chegou à conclusão de que as contas eram reais pelo longo período de conteúdo postado, com mais de dez anos de fotos. Além disso, havia interação com colegas e familiares, todos com nomes e contas reais. Com informações: G1, Estadão.

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